domingo, abril 30, 2006

Série 49-55













Aqui ficam também as capas da série anterior

sábado, abril 29, 2006

A Série Completa














Último Número




















Para quem ainda não viu, aqui fica a capa do número 60 da Futuro Presente, o último desta série.

quarta-feira, abril 26, 2006

Mais um número

Já foi enviado aos assinantes mais um número da revista. Com este nº 60 concluímos a série de cinco números que assinalou o vigésimo quinto ano de existência da revista. Tencionamos continuar a sair com um mínimo de regularidade. Como já é habitual, em Lisboa está à venda na Livraria Ferin, ao Chiado, na Tema, Praça dos Restauradores, ao lado do elevador da Glória, e C.C.Colombo, e na Livraria Barata da Av. de Roma.

Eduardo Freitas da Costa

O Alberto Araújo de Lima teve a gentileza de me mandar imagens das capas de dois velhos livros do meu pai – encontrados num alfarrabista? Da biblioteca do Alberto? Em qualquer caso agradeço-lhe a lembrança. Felizmente tenho exemplares do que publicou em livro, cuja lista, penso que completa, incluo abaixo. O meu pai morreu fez o ano passado vinte e cinco anos, em Madrid, a 29 de Fevereiro de 1980. Morreu no ano em que nasceu o Futuro Presente. Nos números 57 e 58 da revista, no "Inquérito sobre a Europa", publicámos trechos do seu livro Testamento da Europa.

Testamento da Europa,1942
O Príncipe e O Novo Príncipe – Machiavelli e Gama de Castro, 1943.
Marxismo, a Doutrina Falsa, 1945.
Efemérides da História de Portugal, Lisboa, 1950
Fernando Pessoa – Notas a uma biografia romanceada, Lisboa, Guimarães Editores, 1951.
Organização e selecção de
Textos de Salazar sobre Política Ultramarina, 1952.
Prefácio e escolha -
Fernando Pessoa, Selecção de textos, Lisboa, Panorama, 1960.
Seleção e prefácio de
Salazar – Não Discutimos a Pátria, 1961.
Quase História, Lisboa, Panorama, 1962.
Organização e selecção de
Salazar – Antologia, 1966.
"Textos para dirigentes de empresas" – Recolha e ordenação de textos publicados por Fernando Pessoa, na revista de "Comércio e Contabilidade", fora do mercado, da responsabilidade da Cinevoz (agência de publicidade).1969.
Para um retrato de Salazar, Breve in memoriam, Lisboa, Festa do Natal de Cristo, 1971.
Acuso Marcelo Caetano, Lisboa, Líber, 1975.
Portugal Urgente, Lisboa, Edições do Templo, 1978.
Para uma Nova Fundação de Portugal, Lisboa, Edições do Templo, 1978.
História do 28 de Maio, 1979
Spínola: o Anti-general, Edições Fernando Pereira, 1979.

Publicou também vários opúsculos, entre os quais os que dedicou ao "pintor português Velásquez da Silva". Em 1979, fez parte do conselho de redacção especial que preparou o número monográfico da revista "Poesia", editada pelo Ministério da Cultura espanhol, dedicado a Fernando Pessoa, em palavras e imagens, publicado em Madrid, na Primavera de 1980, pouco depois da sua morte.

Abril


Shakespeare fazia anos em Abril, no dia 23. Os ingleses assinalaram a data, como é natural. Num artigo do Daily Telegraph escreve-se que, como de costume, os jornais se queixaram em coro de que "as crianças das escolas já pouco conhecem a sua obra". No entanto, sublinha o articulista, "basta a qualquer pessoa de língua inglesa abrir a boca para quase sem falta estar a citar o seu maior escritor, tenha ou não consciência disso". E depois cita uma série de frases correntes em inglês que todas elas vêm do Bardo. O número de títulos de romances, poemas e expressões idiomáticas que na cultura anglo-saxónica têm a mesma procedência é realmente impressionante: basta começar a fazer uma lista dessas ocorrências, como já fiz, para ver que nunca mais acaba. Em Portugal passa-se um bocadinho o mesmo com Camões ou, hoje, Pessoa, mas não me parece que numa proporção comparável: nunca cultivámos o conhecimento e frequentação dos nossos grandes escritores e nos últimos trinta anos muito menos.

segunda-feira, abril 10, 2006

A Mania da Perseguição

«Outra vítima frquente da mania da perseguição é um certo tipo de filantropo que está sempre a fazer bem às pessoas contra a vontade delas e que fica depois surpreendido e horrorizado com a sua ingratidão.(...) "fazer bem" aos outros consiste geralmente em privá-los dalgum prazer (...) Nesse caso há um elemento que é típico da moralidade social, isto é, A INVEJA dos que podem cometer pecados de que nos devemos abster se desejamos manter o respeito dos nossos amigos. OS QUE VOTAM POR EXEMPLO UMA LEI QUE PROÍBE FUMAR (tais leis existem ou existiram em muitos estados da América), SÃO NATURALMENTE NÃO FUMADORES PARA OS QUAIS O PRAZER QUE OS OUTROS ENCONTRAM NO TABACO É UMA CAUSA DE SOFRIMENTO»

Bertrand Russell, A Conquista da Felicidade (cap. viii: A Mania da Perseguição), pg 110, Guimarães ed., 8ª ed.,1997.

sábado, abril 08, 2006

Portugal em Marrocos


Os portugueses não somos bons a divulgar aquilo que de melhor fazemos. Somos sempre hipercríticos a respeito de tudo e de todos, mas quantas vezes não realizamos feitos extraordinários cujo impacto acaba por ficar limitado pelo desconhecimento generalizado acerca dos mesmos. De facto, nunca fomos bons em termos de marketing e de "venda" do nosso produto.

Serve isto para introduzir o tema da exposição Marrocos, Portugal e o Mar. Um espaço comum que, durante o passado mês de Março, esteve aberta ao público na histórica cidade de Arzila, em Marrocos. Organizada pela Comissão Portuguesa de História Militar (CPHM) e pela sua congénere marroquina, e sob o alto patrocínio de Sua Majestade o Rei Mohamed VI e do Ministro da Defesa Nacional, esta mostra integrou-se nas Comemorações do 230º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países e dos 50 anos das forças armadas marroquinas.

A exposição, que se espera poder ser vista em breve em Lisboa, foi inicialmente patrocinada e acarinhada pelo então Ministro de Estado e da Defesa Nacional, Dr. Paulo Portas, e teve na sua origem o entusiasmo de pessoas como a Dra. Célia Batalha, da Direcção-Geral de Infra-Estruturas do MDN. A sua realização foi depois assegurada, de forma notável, pelo General Alexandre de Sousa Pinto, Presidente da CPHM, e pelos respectivos Comissários, Prof. Rui Carita e Prof. Mohamed Abdeljalil El Hajraoui.

Este evento, que contou com a presença de uma numerosa e interessada assistência, entre a qual diversas personalidades locais, exibiu diversas peças pertencentes a museus marroquinos e outras oriundas dos Museus Militar e de Marinha, bem como de várias colecções particulares.

De referir, finalmente, o magnífico catálogo em edição bilingue - em português e árabe -, cuja capa ilustra este post.

O MDN, e em particular a CPHM, estão de parabéns por uma iniciativa que muito prestigiou o nosso País!

quarta-feira, abril 05, 2006

Morreu o Coronel Fabião

Morreu o Coronel Carlos Fabião. Paz à sua alma. O que resta do MFA comemorou a sua memória, como um grande capitão de Abril, um grande intelectual e um homem muito bondoso. Tudo bem, também.
Mas durante curtíssima passagem pelo Governo da Guiné, para onde foi nomeado pelo Presidente da República provisório, General Spínola, foram fuzilados pelo PAIGC, num território ainda sob a Administração portuguesa - e a autoridade máxima era o Coronel Fabião - dezenas de comandos e fuzileiros guineenses ao serviço das Forças Armadas Portuguesas. Um episódio conhecido e vergonhoso, entre muitos semelhantes da época. Só para que conste.

segunda-feira, abril 03, 2006

Richard Fleischer

Morreu há dias, com 89 anos, o realizador Richard Fleischer que dirigiu meia centena de filmes, entre os quais, para falar de alguns dos melhores, Os Vikings, Vinte Mil Léguas Submarinas, A Rapariga do Baloiço Vermelho, O Estrangulador de Boston ou Soylent Green (um filme de "ficção científica" ou, mais apropriadamente, "antecipação", como veremos quando falarmos nele com mais desenvolvimento), de cujo título em português não me lembro de momento. João Bénard da Costa prestou-lhe homenagem no Público ("A Casa Encantada", dia 2 de abril, Domingo).
A carreira de Richard Fleischer cobre muito terreno. Entre os filmes que realizou está uma das primeiras adaptações para cinema de um romance de Elmore Leonard, Mr. Maverick, com Charles Bronson, que não é um dos seus melhores filmes nem um dos melhores romances do autor, hoje conhecido entre outras coisas por ter escrito os best sellers em que se basearam Jackie Brown, de Quentin Tarantino, Out of Sight, de Steven Soderbergh e Get Shorty, com John Travolta, de Barry Sonnenfeld.
Na capa do nosso número 38 usámos um fragmento de uma das ilustrações de Ron Cobb para os cartazes de Conan, o Bárbaro, de John Milius, um filme dos primeiros tempos da carreira do actual Governador da Califórnia,que teve uma sequela, Conan the Destroyer, ao que parece desastrosa (mas não é a opinião de muitos espectadores, pelo menos do que comentam o filme na IMDb), dirigida por Fleischer.