quinta-feira, novembro 16, 2006

Lido e Visto

Newt Gingrich publica um artigo de opinião, "Which Bipartisanship will Bush choose", na edição de hoje do Wall Street Journal, em que analisa as possibilidades da "maioria" bipartidária do novo Congresso norte-americano. Referindo-se a um núcleo de democratas conservadores - 54 na Câmara dos Representantes - aconselha a Casa Branca a negociar as maiorias de votação legislativa com eles e não com as suas lideranças "liberais".

O princípio de uma working majority conservadora tem o seu exemplo frutífero no legislativo do primeiro mandato de Ronald Reagan (1980-84), quando 48 democratas conservadores votaram a favor da legislação-chave, nomeadamente a redução de impostos, maiorias que subiram noutros diplomas essenciais.

Não resisto a citar algumas passagens do artigo de hoje de Paul Johnson, em The Spectator:
"When Fox was asked for advice about quoting in Parliament, he replied: "No modern languages except English. No English poet unless dead. Greek never. Latin as much as you like".
(...) if you quote Dulce et decorum est pro patria mori, you will get dinner-table snorts, not least because few now agree with the sentiments - and who, indeed, would die for Prince Charles multicultural multifaith Britain
".

Na Visão (16-22 Nov.), Mário Soares qualifica George W. Bush de "fanático religioso". A esquerda usa e abusa destes qualificativos, para estigmatizar os seus inimigos: "fanático", "exacerbado", "extremista". "Fanático religioso", "nacionalismo exacerbado", "extremista de direita", "imobilismo salazarista". E porque não dizer do Dr. Soares que é "um fanático laico", "exacerbado europeísta" e "exacerbado anti-salazarista"; e Jerónimo de Sousa, um "comunista fanático"; e Louçã "um "extremista de esquerda"?


Acabei de rever a 5ª série de La Piovra (O Polvo). Considero-a excelente em termos de narrativa, de realismo de situações e de desempenho dos personagens. Sobretudo de uma reconstituição de um passado próximo mas infelizmente muito actual e presente (em peso) sobre o presente. O grande crime organizado, à volta do narcotráfico, da lavagem de dinheiro do narcotráfico e de outras actividades ilegais, como o tráfico de pessoas e a corrupção autárquica, continua próspero. Os símbolos da luta contra este cancro - representados pela Juíza Silvia Conti, pelo "infiltrado", David Licata, continuam em risco num combate solitário. Os grandes mestres do crime, são mais parecidos com os corruptos "senhores" Linori, o selvagem Anibale Corvo ou o tenebroso Espinosa (Bruno Crémer), que com os lendários "Padrinhos" Corleone, D. Vito e Michael, imortalizados por Marlon Brando e Al Pacino.

O Polvo dá tudo isto, na atmosfera trágica, sufocante, do poder e da permanência do mal, do grande crime organizado. Atenção também à qualidade dos "segundos", "bons" e "maus", polícias e bandidos, com destaque para a escolta de Silvia Conti e para o chefe dos sicários dos Linori, Carta - o excelente Orso Maria Guerrini.

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