sábado, fevereiro 17, 2007

O MUSEU DO ORIENTE

Uma das promessas cujo cumprimento a cidade de Lisboa mais aguarda é a da tão falada inauguração do Museu do Oriente. Afinal, que outra cidade europeia tem maior interesse e direito num tal museu?

A verdade é que, muito embora o edifício Pedro Álvares Cabral esteja há muito em obras, parecia há alguns meses que as coisas estavam finalmente a avançar. As paredes exteriores começavam a ser pintadas, adivinhavam-se alterações profundas do seu interior e havia um nítido movimento de homens e viaturas à sua volta. A inauguração estava prevista para o início deste ano, mas as coisas parecem agora voltar a arrastar-se e nunca mais vemos as suas portas abertas.

Projectado por João Simões e decorado com uns belíssimos painéis de Barata Feyo, este edifício foi construído em 1939 com o objectivo de armazenar e comercializar bacalhau, pelo que acabou por ficar conhecido como "armazém do bacalhau". Agora, prevê vir a ter novas funções: acolher o acervo de arte da Fundação do Oriente e a colecção particular de um dos maiores sinólogos franceses, Jacques Pimpaneau, composta por milhares de peças de arte popular de diferentes países asiáticos. De entre as raridades anunciadas, destaque para um espantoso capacete Namban e para uma extraordinária garrafa com as armas de Filipe II, fabricada durante a dinastia Ming para comemorar a união dinástica.

O Museu promete vir a ser um dos principais pontos de atracção da capital, mas a sua criação parece estar a enfrentar dificuldades de monta. Esperamos, contudo, que estas sejam ultrapassadas depressa, porque a cidade anseia por este Museu.

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