quarta-feira, abril 04, 2007

A DEMAGOGIA ANTIFASCISTA DO PROF. ROSAS

Numa mini-entrevista à SÁBADO, o Prof. Fernando Rosas, depois de considerar que a "vitória de Salazar foi o consumar de uma força manipulatória", escreve que "tanto o programa de Cunhal como o de Salazar foram propaganda e não tiveram o mínimo rigor histórico".

Quanto às teorias conspiratórias, não sei se ficam bem a um académico, a quem se pede racionalidade e espírito crítico. Admiti-las é um bocado ridículo, mas talvez lhe fique bem.

Já gostaria, que se o sobredito prof.Rosas acha que o meu programa "não tem o menor rigor histórico", me apresentasse dados, números, factos, falsos ou errados, que eu tivesse incluído no meu documentário.
Aliás estou à espera, não só de Rosas – mas de outros críticos. Rosas e os "antifascistas" não gostaram do programa. Estão no seu direito. Historicamente Salazar venceu os comunistas em Portugal. Rosas e outros "antifascistas" partidários dos regimes mais opressivos da História, e que no período de 74-75, em que tiveram algum poder em Portugal o usaram para denunciar, mandar prender, agredir, sanear, os seus inimigos políticos, não gostaram.Por isso se atrevem a dizer estas generalidades, mais ou menos torpes.
Eu conheço a obra da Fernando Rosas e sei que ele sabe que não foi assim. Aliás escreveu-o, na sua obra, com outra distância analítica.
Mas Rosas, como outros estudiosos e académicos, que entram na política, tem agora uma constituency a quem precisa de excitar e dar contas. E que acham que Salazar foi uma espécie de Hitler seminarista, ou ditador fradesco e ignorante. Por isso põe de parte o escrúpulo histórico e o respeito da verdade. Do mesmo modo, como na campanha do aborto, excitava, umas troupes do BE, de histéricos, nos debates públicos, tentando aterrorizar os adversários.
Foi uma esquerda assim – e Rosas sabe isso bem – que criou o 28 de Maio e a Ditadura. Foi essa esquerda de I República, com a ditadura de rua de Partido Democrático, do terror contra a oposição, dos católicos, dos conservadores, dos monárquicos, que tornou o regime impossível e levou à revolução nacional.
Não podendo recorrer hoje a esses métodos, Fernando Rosas satisfaz a sua clientela – que se satisfaz com pouco – permitindo-se dizer que não há o menor rigor histórico no meu programa.
Bem sei que tenho uma vantagem nesta matéria sobre ele; posso ser livre e independente, porque não tenho claques, nem partidos. Posso ter convicções mas ser objectivo.
Ele não pode! É o problema.

1 Comentários:

Blogger t.tavares.castro disse...

É apenas um concurso!

segunda-feira, abril 09, 2007 3:44:00 da tarde  

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