sábado, outubro 25, 2008

QUE FITA VAI HOJE? - SEMPRE AO DOMINGO

Não vi a versão de A kiss before dying (Um beijo para a morte, 1991) que passa esta madrugada no Hollywood. É dirigida por James Dearden, com Matt Dillon e Sean Young. Vi, há muito, muito tempo, a primeira, com Robert Wagner, uma produção de 1956. É, de facto, a segunda vez que o cinema adapta o romance do mesmo nome de Ira Levin, um escritor de thrillers que hoje deve dizer pouco a quase toda a gente mas escreveu com notável talento e perfeição vários best-sellers, entre os quais o livro que deu origem a um dos melhores filmes de Roman Polanski, Rosemary's baby. Ira Levin é também o autor de The Stepford Wives, também duas vezes adaptado ao cinema (a segunda das quais em 2004, com Nicole Kidman, Glenn Close et al.), The Boys from Brasil (também levado ao cinema, Franklin J. Schaffner dirigiu em 1978) e da divertidíssima peça policial Deathtrap que foi levada ao cinema excelentemente por Jay Presson Allen (argumento) e Sidney Lumet, com Michael Caine e Cristopher Reeve (Armadilha mortal, 1982). Ira Levin, por sinal, morreu em 2007. A sessão dupla da RTP2 deste sábado seguiu o modelo do sábado passado, dois filmes europeus:a acabar, um Fellini, o primeiro da segunda vida cinematográfica do realizador, Giulietta degli spiriti (1965) e o seu primeiro filme a cores; a começar, um filme francês de pornografia soft e algumas pretensões, neste caso O amante de Lady Chatterley. Como ando a pensar noutras coisas, deixei passar a oportunidade de recomendar outra vez Há lodo no cais (On the Waterfront, 1954), um dos melhores filmes de Elia Kazan e do cinema americano dos anos 50, digam o que disserem todos os que não perdoaram e fizeram pagar bem caro ao realizador ter rompido a omertá comunista. Passou no Hollywood, quarta à noite e quinta à tarde. Já na madrugada de segunda-feira, à 1.30, a RTP1 vai exibir Un long dimanche de fiançailles (Um longo domingo de noivado, 2004), uma espécie de comédia fantasiosa com Audrey Tautou, dirigida por Jean-Pierre Jeunet, na veia de Le fabuleux destin d'Amélie Poulain (2001), passada no tempo da Grande Guerra, um dos períodos da história recente que tem estado na moda nos últimos anos.

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